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DILú MELLO HOMENAGEADA NO MUSEU HISTóRICO - 12.04.2012 às 15:39:37

Por: José de Mário Moraes Ferreira

O Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM), órgão da secretaria de estado da Cultura (Secma), foi palco, na sexta-feira (13/04), de uma homenagem ao centenário de aniversário da cantora e compositora maranhense, Dilú Mello.

Numa iniciativa da Academia Vianense de Letras (AVL) e apoio da Secma foi lançado um caderno musical com 32 partituras de composições da artista. Haverá, também, o lançamento de dois livros e show com participação de Fátima Passarinho, Alessandro Batista e Fernando de Carvalho. Eles interpretaram dez músicas da homenageada Dilú Mello.

O álbum foi organizado pelo jornalista e biógrafo da artista, Luiz Alexandre Raposo, e editado pelo músico Zezé da Flauta. A publicação será distribuída a estudantes e profissionais de música, escolas de música do Maranhão e de outros estados.

Para a seleção das 32 obras de Dilú, o jornalista selecionou as músicas mais famosas, as de cunho essencialmente folclórico e as que tiveram o Maranhão como fonte de inspiração. Dentre as canções, “Fiz a cama na varanda”, “Meu Cariri”, “O caminhão de Laranjas”, “Sapo cururu”, “Acalentado São Luís” e “Saudades do Maranhão”.

Lançamento de livros

Os dois livros lançados foram: “Memórias de América Dias”, de Luiz Alexandre Raposo, e “Retrato de um Município”, de Ozimo de Carvalho.

O primeiro retrata a vida da violinista vianense América Dias, falecida em 2001, aos 93 anos. Ela sofria pelo fato da sociedade maranhense, nas décadas de cinquenta e sessenta, não aceitar a presença de mulher tocando em casas noturnas e bailes carnavalescos. Por isso, se apresentava em missas festivas, casamentos e eventos festivos.

O livro cita o relato da visita do então candidato à presidência da República, Juscelino Kubitschek, em visita a São Luís. No jantar, ele prometeu a Amélia que, se fosse eleito regulamentaria a profissão dos músicos no Brasil. Cumpriu a promessa em 22/12/1962, com a criação da Lei nº 3.857.

O segundo livro é a reedição de um trabalho lançado em comemoração ao 2º Centenário da Cidade de Viana, em julho de 1957. Escrito por Ozimo de Carvalho (falecido em 1978) e prefaciado por Domingos Vieira Filho, aborda aspectos sociais e históricos do município até a metade do século passado.

O autor, formado em Farmácia pela Faculdade de Salvador (BA), foi prefeito de Viana por dois mandatos. Foi um ambientalista preocupado com os perigos que ameaçavam o equilíbrio ecológico do conjunto de lagos e áreas inundáveis da baixada maranhense.

Quem Dilú

Dilú nasceu em 1913 em Viana, município da Baixada Maranhense. Morou em Porto Alegre, Argentina e faleceu no Rio de Janeiro, em abril de 2000. Estudou música e violino desde os cinco anos e sua primeira obra foi "Heloísa". Aos 10 anos compôs a valsinha em homenagem à sua irmã mais nova. Compôs mais de cem músicas, dentre as quais, o Hino do Maranhão.

Texto: Juliana Mello (Ascom.Secma)

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