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SECMA DEBATE O MODERNO E O TRADICIONAL NO CARNAVAL MARANHENSE - 27.01.2011 às 14:04:07

Por: José de Mário Moraes Ferreira

Até a próxima segunda-feira, 31/01, a Secretaria de Estado da Cultura (Secma), por meio da Superintendência de Ação e Difusão Cultural (SADC), estará realizando as Oficinas para Grupos Carnavalescos. Entre as atividades está a palestra Carnaval: entre a fantasia e a realidade, ministrada pela professora da Universidade Federal do Maranhão e mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade de Brasília, Ester Marques.

A palestra tem por objetivo promover uma discussão sobre um ponto de equilíbrio entre o que se costuma chamar de memória simbólica e a reinvenção da cultura, que acontece todos os anos, no período do carnaval, “por meio dos temas escolhidos, da indumentária, da coreografia e de todo o arsenal que faz parte das apresentações dos grupos”, explica Ester Marques.

Por memória simbólica entenda-se a história, a origem das manifestações populares. Já a reinvenção cultural está associada às mudanças por que vem passando os grupos ao longo do tempo “e que são perceptíveis a cada ano, quando se vê suas apresentações”, ressalta a professora.

Segundo Ester Marques, essas duas dimensões estão presentes em todo o processo de produção dos grupos ligados à cultura popular e são visíveis quando os brincantes saem às ruas. “Daí é muito importante que todos discutam sobre o que se tem hoje e o que se quer ser. Isso quer dizer que os participantes dessas brincadeiras devem estar atentos ao modo como vem sendo conduzido o fazer dos grupos, para que o moderno não se sobreponha ao tradicional e, assim, torne os grupos tradicionais um produto descartável”, enfatizou.

Uma das formas apontadas por Ester Marques para que se desenvolva a percepção do equilíbrio tradicional/moderno é observar o próprio entorno. Segundo ela, muitos representantes, das mais diversas manifestações folclóricas, têm o hábito de preocupar-se com o que outros grupos estão fazendo. “E assim saem do foco, de suas raízes e de como isso pode ser representado de uma forma moderna. O que se deve fazer é buscar o significado da manifestação para o Carnaval maranhense e como isso pode ser repassado nas apresentações”, alerta.

Especificidades – A estratégia de se fazer encontros, em separado, com representantes dos blocos organizados, alternativos, tradicionais e afros, escolas de samba, tribos de índio e tambor de crioula objetiva garantir que a discussão leve em consideração a realidade de cada manifestação. “Isso é muito importante. Há tempos nós tentamos fazer com que as pessoas percebam que não podemos tratar todas as manifestações como se fossem uma coisa só. Os grupos afros, por exemplo, têm uma história, os blocos tradicionais outra, e assim por diante”, destacou Cláudio Adão, presidente do Bloco Afro Gdam.

Por essa razão, além de promover a palestra sobre o moderno e o tradicional, as Oficinas para Grupos Carnavalescos resultarão em um Manual de Conduta com todas as informações discutidas e consolidadas nos encontros, entre os segmentos, para fins de registro e distribuição junto ao público alvo. “As oficinas estão sendo uma oportunidade, também, para tratar sobre a inserção de cláusulas importantes no Termo de Compromisso e Responsabilidade, assinado pelas brincadeiras no período do Carnaval”, diz o coordenador do Núcleo de Observação e Relatório de Eventos do Carnaval 2011, Carlos Junot.

O superintendente da SADC e idealizador do projeto, Wellington Reis, afirma que esses encontros com os representantes de cada agremiação discutirão os novos direcionamentos da Secma quanto à contratação das manifestações culturais carnavalescas. “Essas Oficinas são frutos de um trabalho de Observação das apresentações, que começou a ser realizado no Carnaval de 2010. Diante do que foi constatado, a Secma decidiu convidar os grupos para discutir adequações necessárias sobre o formato de suas apresentações, de acordo com a realidade de cada agremiação, o que permitirá que o Carnaval 2011 seja mais bonito e com qualidade”, conclui Wellington Reis.

Confira o Calendário das Oficinas

Dia 26 (quarta-feira), das 8 às 12 horas: representantes legais dos Blocos Organizados
Local: Sala de Multimídia/Centro de Criatividade Odylo Costa Filho

Dia 26 (quarta-feira), das 14 às 18 horas: representantes legais dos Blocos Afros
Local: Sala de Multimídia/Centro de Criatividade Odylo Costa Filho

Dia 27 (quinta-feira), das 8 às 12 horas: representantes legais das Escolas de Samba
Local: Sala de Multimídia/Centro de Criatividade Odylo Costa Filho

Dia 27 (quinta-feira), das 14 às 18 horas: representantes legais das Tribos de Índio
Local: Sala de Multimídia/Centro de Criatividade Odylo Costa Filho

Dia 28 (sexta-feira), das 8 às 12 horas: representantes legais dos Blocos Alternativos
Local: Teatro João do Vale (Praia Grande)

Dia 28 (sexta-feira), das 14 às 18 horas: representantes legais dos Blocos Tradicionais
Local: Teatro João do Vale (Praia Grande)

Dia 31 (segunda-feira), das 14 às 18 horas: representantes legais dos grupos de Tambor de Crioula
Local: Teatro João do Vale (Praia Grande)


Texto e Foto: Júnior Vieira (Ascom Secma)

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