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AS VáRIAS ARTES DE PEDREIRAS - 23.10.2009 às 18:14:36

Por: José de Mário Moraes Ferreira

Não fazia parte da programação, mas a Caravana da Cultura acabou por descobrir muito mais que propostas de políticas culturais para as cidades onde está realizando os Seminários Territoriais de Cultura, promovidos pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretária de Cultura do Estado (SECMA). Durante as palestras, os gestores municipais e promotores culturais organizaram apresentações e passeios que revelaram aspectos peculiares das manifestações presentes em cada município.

É o caso de Pedreiras, mais conhecida por ser a terra de João do Vale, compositor e cantor maranhense que começou a se projetar nacionalmente na década de 1950, quando teve a composição Cesário Pinto gravada pelo cantor Zé Gonzaga. Poucos anos depois, suas composições foram gravadas por outros cantores de renome nacional, como Maria Bethania, Dolores Duran, entre outros, tornando-se uma referência musical brasileira.

Admirado, como não poderia deixar de ser, por seus conterrâneos, João do Vale é uma das figuras mais emblemáticas da cultura maranhense, que será ainda mais valorizada com a criação do Memorial João do Vale. Uma réplica da casa do compositor, inclusive, já foi construída, no local original, “e marca o que vai ser um complexo turístico, um espaço onde as pessoas poderão conhecer um pouco mais da vida desse grande artista e também da cultura de Pedreiras”, explica o presidente da Fundação Pedreirense de Cultura, Weskley Brito.

Pedreiras guarda, ainda, outros artistas e manifestações. Um dos mais conhecidos é Garrincha, cantor e compositor local, um dos destaques das apresentações culturais do Seminário na cidade. “Nossa cidade respira cultura e é muito compensador ver que, agora, temos a chance de ver nosso talento sendo reconhecido”, disse o artista, durante uma das palestras do evento.

De berço
Outro talento da região é Rwanyto Oscar, ator e cineasta que já teve, inclusive, um curta exibido no programa Altas Horas, da Rede Globo. “Foi menos de um minuto, mas foi uma das mais importantes experiências de minha vida, até porque foi tudo por acaso”, explica ele.

Rwanyto Oscar é artista desde que nasceu. Aliás, o nome não é artístico. “É assim mesmo. Foi uma homenagem de meus pais a um dos artistas mais completos do circo onde meu pai trabalhava”, conta o ator, revelando que nasceu em um circo. “Minha mãe se apaixonou e fugiu com meu pai. Quando eu nasci, eles retornaram a Pedreiras”, completa. Hoje, Rwanyto é conhecido pelas interpretações que faz, as quais os participantes do Seminário em Pedreiras tiveram oportunidade de assistir, durante os dois dias de evento. Paralelamente, ele produz curtas-metragens, já tendo, inclusive, concorrido a prêmios nacionais. “O próximo que vou lançar é Mar de Rosas, sobre auto-ajuda”, finaliza.
Talento manual
Milton Gonçalves de Alencar, mais conhecido por Maradona, é outro destaque da cultura de Pedreiras. Artista desde muito cedo, ele é especialista em escultura e suas obras impressionaram os participantes do Seminário Territorial. O artesão explica que busca inspiração em tudo o que vê. “Revistas, jornais e filmes. Mas faço muita coisa baseado no que vejo, em minhas experiências pessoais”, revela.

Ele lembra que começou a confeccionar as peças aos 13 anos. Na época, a falta de incentivo e a desvalorização de sua arte fizeram com que ele abandonasse o mundo artístico poucos anos depois. “Fui em busca de um trabalho formal. Mas, quando sai da empresa em que trabalhava, decidi retomar minhas esculturas e não parei mais”, diz.

Milton de Alencar já expôs em São Luís, quando teve a oportunidade de levar seus trabalhos para a Alemanha. “A falta de experiência em comercialização me fizeram deixar de aproveitar essa chance”, lamenta. Mas ele não desiste. “Já sinto que sou valorizado e quero continuar trabalhando. Vou divulgar mais meu trabalho”, completa.

Comunidades
A fibra de bananeira é a matéria-prima que a Secretaria de Agricultura de Pedreiras encontrou para desenvolver um projeto, em parceria com o Sebrae, na comunidade de Lago da Onça, a mesma em que nasceu e viveu João do Vale. Lá, as famílias estão aprendendo a aproveitar as folhas da bananeira para a produção de fibras “que serão utilizadas na confecção de peças, que poderão ser comercializadas”, revela o secretário de Agricultura de Pedreiras, José Wilson Martins Santos.

Esse ação é apenas uma das várias que vêm sendo desenvolvidas nas comunidades de Pedreiras e de Trizidela do Vale (município próximo). A banana também foi base do curso de culinária. Em algumas comunidades, os cursos realizados foram de piscicultura e de suinocultura. “Oferecemos as capacitações de acordo com as potencialidades de cada povoado”, diz o secretário. “Agora já estamos pensando na comercialização da produção. A idéia é montar uma casa só para isso, além de levar essas pessoas, uma ou duas vezes ao mês, à Praça do Jardim, um local bem movimentado de Pedreiras, para que todos possam conhecer os trabalhos desenvolvidos”, finaliza José Wilson.

Crédito: Texto e Foto: Junior Vieira




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