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ESPAçO DINâMICO - 17.11.2009 às 18:06:24

Por: Fábio Costa

Quando se ouve falar em museus, sempre vem à mente a idéia de exposições de antiguidades e raridades, com informações sobre autores, datas, origens, em suma, a procedência das obras em mostra. Essa é uma definição correta e atual, mas cuja essência vem se modificando devido a uma nova forma de aproveitamento espacial. Hoje, os museus têm muito mais a oferecer ao público.

Entre as inovações está o desenvolvimento de projetos culturais, como o Cinema no Museu, que vem sendo realizado pelo Museu Histórico e Artístico do Maranhão (MHAM). Todas as primeiras quartas-feiras de cada mês são apresentadas produções variadas, com debates ao final de cada exibição.

O projeto é uma parceria com o Cine Clube Casarão, coordenado pelo jornalista Eduardo Júlio. “Foi uma idéia que conjunta, ou seja, tanto o Casarão, quanto o MHAM tinham interesse em desenvolver uma ação desse tipo”, explica a arte-educadora Cris Campos, uma das envolvidas nas atividades do Museu.

O projeto vem sendo realizado há três meses. De acordo com a diretora do MHAM, Luiza Raposo, as sessões têm sido bem freqüentadas, o que confirma que o projeto tem sido bem recebido pelo público. “Temos um auditório com capacidade para 80 pessoas. Na primeira exibição alguns ficaram de pé”, afirma.

Além do Cinema no Museu, o MHAM tem outros projetos socioculturais, que acontecem periodicamente e são destinados tanto aos funcionários, quanto a pessoas da comunidade. Um exemplo é a oficina Memória e Envelhecimento, que tem a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) como parceira e é voltada a homens e mulheres da terceira idade. “Recentemente, nós participamos de um treinamento com o Corpo de Bombeiros, que também foi aberto à comunidade”, acrescenta Cris Campos.

Enriquecimento
Pelo que se pode perceber, o museu deixou de ser um mero expositor e adquiriu caráter mais completo de um centro de informação histórico e de reflexão da arte. Segundo Luiza Raposo, o museu é, antes de tudo, um espaço que comunica. “Por isso tem que ser dinâmico, tem que saber receber o público, que pertence a diferentes origens”, diz.

Para Luisa Raposo, o museu, de uma forma geral, é um espaço de cidadania. E, assim, tem que fazer com que o cidadão sinta-se como parte integrante desse espaço. “O maranhense tem que se entender como sujeito da história e, como tal, tem que ser recebido no museu. Mas, para que ele venha, ela precisa se interessar pelo local. Daí os projetos que estão sendo desenvolvidos”, justifica. “Trata-se de uma tendência já consolidada. O ambiente museológico deixou de estar única e exclusivamente a serviço da exposição de acervo e de raridades”, completa Cris Campos.

Nesse processo, o que se vê hoje é uma modificação na relação entre o sujeito e o objeto, que é o bem cultural, sobretudo no que se refere ao museu como espaço físico. “O espaço está sendo muito mais explorado. O museu de hoje não está voltado, exclusivamente, ao passado”, explica Luisa Raposo.

Escritores, artistas, entre outros profissionais, também tem aproveitado o museu para realizar atividades variadas, como alguns professores, que já utilizaram a instituição para aulas. Recentemente, os espaços do Museu Histórico e Artístico foram utilizados como palco de um dos maiores eventos de apoio à divulgação da literatura maranhense e de seus autores: a primeira etapa do Lançamento de Obras Literárias, resultado do concurso literário promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (SECMA). “Pouco a pouco estamos conseguindo difundir nosso espaço e trazer o público para o museu, que é o propósito disso tudo”

Outras propostas
A diretora Luisa Raposo revela que as ações não param e que o Museu já está viabilizando novos projetos. Alunos do curso de arquitetura e de história, ambos da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), já estão na lista dos que podem vir a ser os próximos agentes das ações desenvolvidas no MHAM.

Luiza Raposo diz que, para os futuros arquitetos, o próprio prédio do Museu é uma fonte de pesquisas. “Esses estudantes terão, aqui, uma oportunidade de estudar o modo de vida da São Luís do século XIX. Como viviam os proprietários de casas como essa que agora abriga o MHAM”. Já os estudantes de história, além de utilizarem o espaço para pesquisas, podem vir a ser monitores do Museu.


Texto : Júnior Vieira
Foto : Ascom Secma


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