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CINE PRAIA GRANDE

Com 120 lugares, privilegia a exibição de filmes de arte e de interesse cultural, visando a difusão da cultura na área cinematográfica. Destaca-se ainda o Projeto a Escola Vai ao Cinema.

Projeto Cine – Parede
A atividade cinematográfica do Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho”, teve início com o Cine-Parede, através de um projeto elaborado pelo Setor de Artes Visuais, em maio de 1987, cuja inauguração se deu no dia 17 de agosto desse ano com apoio do SESC.

Com sessões a partir das 19 horas, às 2as feiras, com projeções cinematográficas em 16mm, ao ar livre no período de verão, o objetivo do Cine-Parede era proporcionar às camadas sociais de menor poder aquisitivo, sem quaisquer ônus, momentos de lazer com apresentação de filmes de grande valor artístico, capazes de criar entre os espectadores uma consciência mais receptiva para a arte cinematográfica, em todas as suas dimensões.

Ocupando o espaço situado atrás do prédio do Centro de Criatividade “Odylo Costa, filho”, e utilizando arquibancadas para sua projeção ao ar livre, o Cine-Parede visava a formação de uma platéia formada principalmente por pessoas das adjacências, além das que ali exercem seu trabalho cotidiano, como funcionários, feirantes, estudantes, etc., na idéia de incutir-lhes o hábito de freqüentar o Centro de Criatividade, como fomentador de necessários produtos culturais.

Esse Projeto, que começou a funcionar com a exibição de curtas fornecidos pelo Departamento de Assuntos Culturais da Universidade Federal do Maranhão, exibiu de agosto a dezembro de 1987, filmes de diversas nacionalidades, sendo “A Lenda do Rei Sebastião”, uma produção brasileira, o filme que inaugurou esse Projeto.

Até o mês de dezembro, quando encerrou suas atividades, para retomá-las no ano seguinte, o Cine-Parede exibiu películas de grande qualidade, e alguns clássicos da sétima arte, como “O Encouraçado Potenkim”, “Um Corpo que Cai”, “O Beijo do Asfalto”, e alguns outros.

Cine Praia Grande
O Cine “Praia Grande”, desde sua inauguração desenvolve programações de vídeos de filmes nacionais de grandes produções, apesar de algumas interrupções, ou por reforma no prédio ou por dificuldades financeiras. No ano de 1990, paralisou as suas atividades em razão de reforma, voltando finalmente no dia 17 de dezembro de 1992.
Prosseguindo a sua programação normal, foram exibidos cinqüenta curtas e longas, selecionados, de um dos maiores gênios do cinema – Charles Chaplin, dentro do que se chamou o Festival Carlitos I e II, dentre os quais: “O Malandro”, “Ganhando a vida” e outros.

Em junho de 1993 o Cine Praia Grande passou a exibir filmes no horário do meio-dia, sempre de curta-metragem, num projeto denominado “Curta ao meio-dia”, das doze às treze horas, com entrada franca, visando atingir uma platéia de trabalhadores e funcionários exercendo suas atividades na Praia Grande.

Apesar de tantas adversidades e imprevistos, o CCOCf, conseguiu colocar em pleno funcionamento tanto o Cine Parede como o Cine Praia Grande, simultaneamente, com uma programação na qual se destacou, por sua importância histórico-retrospectiva, o filme “Os Filhos de Lumière, documentário que conta a história do cinema francês, numa promoção da Aliança Francesa, em parceria com a Embaixada da França.

No segundo semestre de 1996 o Centro de Criatividade Odylo Costa, filho suspende mais uma vez suas atividades culturais, motivado por dificuldades financeiras, permanecendo desativado durante dois anos e quatro meses, para enfim retornar em abril de 1999, sob a direção da pesquisadora Zelinda de Castro Lima.

Reabertura do Cine Praia Grande
Em setembro de 1999, o CPG foi reaberto, por ocasião do aniversário de São Luís.
Nesse ano foi realizado o “Projeto Funarte na Cidade”.

A programação foi encerrada com a exibição do longa “Imagens do Inconsciente”, filme documentário sobre trabalhos de arte, realizado com deficientes mentais, por uma instituição do Rio de Janeiro e narrado pelo poeta maranhense Ferreira Gullar, homenageado nas festividades de aniversário de São Luís.

Ainda no mês de setembro o Cine Praia Grande contempla os alunos do curso do Projeto Comunidade Solidária, assim como os participantes da II Mostra Artístico Cultural do Idoso do Estado do Maranhão, com a exibição do filme brasileiro “Carlota Joaquina”.

No mês seguinte o Centro de Criatividade promoveu o Festival “O Cinema da Latinidade” em parceria com a Aliança Francesa e a Embaixada da Espanha, com a exibição de quatro filmes franceses e sete espanhóis, com entrada franca.

A terceirização do CPG
Em 2000, o CPG, por falta de recursos, é terceirizado. A partir de janeiro do mesmo ano, em decorrência de licitação, o Cine Praia Grande passou para a responsabilidade da Lume Produções Cinematográficas, do cineasta Frederico da Cruz Machado, que passou a direcioná-lo, não somente pela sua visão crítica pessoal, mas por força daquele processo licitatório, para a exibição exclusiva do chamado “filme de arte”, visando criar em nosso meio uma platéia receptiva ao cinema como meio de formação cultural capaz de reformular o ser humano, aprimorando-lhe a inteligência e a sensibilidade.

Cumpre citar no referente ao ano de 2000, que o Cine Praia Grande serviu de palco para o Festival da Latinidade, com filmes franceses e espanhóis, ao Festival Guarnicê de Cinema, que é realizado anualmente em São Luís, além da execução, com êxito (em duas versões) do “Projeto Escola vai ao Cinema/Universidade vai ao cinema”, lançado em 2001, ‘com o propósito de estimular a sensibilidade de alunos e professores das redes pública e particular para o cinema de arte. No ano de 2002, realizou-se o Festival de Filmes Franceses em parceria com a Aliança Francesa, além de lançamentos de livros de cinema e arte, como o do pernambucano Janilto Andrade, “Da Beleza à Poética”. Foi realizado também o projeto “Fica logo ali”, de parceria com a Universidade da Terceira Idade, assim como também a exibição de alguns curtas, com destaque para “O Carona”, de Fábio Enéas.

Em março de 2003, já sob a administração da Lume Produções Cinematográficas, o Cine Praia Grande serviu de palco para a realização do I Festival Internacional de Cinema de São Luís, pretendendo tornar nossa cidade, já tombada em Patrimônio Cultural da Humanidade, um centro também cinematográfico capaz de ombrear-se aos melhores do norte e nordeste brasileiros. O II Cine São Luís, realizado entre os dias 11 a 25 de março de 2004, ultrapassou as expectativas mais ambiciosas, pelo fato de alcançar um ainda mais numeroso público às suas sessões, quase sempre cheias e acompanhadas, logo após a exibição de alguns de seus filmes, com debates entre os convidados que nele se fizeram presentes e a platéia interessada não somente em conhecê-los mas, sobretudo, em trocar idéias com alguns dos nomes mais representativos do cinema e da crítica cinematográfica nacional.

Um dos grandes nomes da Nouvelle Vague, cineasta francês Eric Rohmaer, crítico do Cahiers du Cinema, é o grande homenageado do II Cine São Luís. Neste foram exibidos 4 filmes do Cineasta: Conto de Primavera (1990), Conto de Inverno (1992), Conto de Verão (1996), e Conto de Outono (1998). Estes filmes fazem parte do Ciclo das quatro estações em que a mudança de uma estação para outra é acompanhada de mudanças de comportamento dos personagens.

Nesse ultimo festival, o Cine Praia Grande apresentou, entre outras, uma retrospectiva do Cinema Latino, com produções de países como Argentina, Cuba e México, além de receber e apresentar mais de 200 trabalhos do Brasil e de outros países, como Uruguai e Chile.

Frederico Machado encerrou suas atividades como Diretor do Cine Praia Grande, alguns meses após esse Festival, motivado pela sua baixa bilheteria, ocasionada pela falta de recursos para manter o local funcionando, o que se prolongou por seis meses.

No segundo semestre de 2005, o Cine Praia Grande encerra suas atividades, só reabrindo para a realização do Festival de Cinema Francês e em seguida passou por restauração, não só na sua estrutura física como em seus equipamentos.

Retorno do Cine Praia Grande

O Cine Praia Grande voltou em julho de 2006, na gestão de Giselle Vasconcelos, então diretora do CCOCf com uma programação variada e atraente. O filme Cinema, Aspirinas e Urubus, do diretor Marcelo Gomes, apontado pela crítica como obra-prima do cinema contemporâneo brasileiro, com diversas premiações nacionais, entre elas o Prêmio da Educação Nacional e o Festival de Cannes 2005, marcou a sua reabertura.

Este filme de estréia, ficou em cartaz desde o dia da reinauguração, 19 de julho a 30 de julho de 2006, com um público de 385 pessoas.

Dando seqüência à sua programação o Cine Praia Grande, já no mês seguinte, brinda a comunidade de São Luís com os filmes Casa Vazia, premiado em diversos Festivais, com um público de 330 pessoas, seguido de Uma Mulher contra Hitler, este com 932 espectadores. Setembro nos trouxe A Concepção, Tartarugas Podem Voar com uma duração de 95 minutos e ainda nesse mesmo mês o filme “Entre o Amor e a Razão”, dirigido e escrito pelo jornalista maranhense Cícero Filho, que retrata a dura vida de quem sai de sua terra, em busca de dias melhores. O filme é de gênero dramático e aborda temas diversos como o êxodo rural, o trabalho infantil, a fé e as desigualdades sociais entre os ricos e pobres.

Em 2007, o CPG prossegue cumprindo o importante papel de realizar sua programação com exibição de filmes de arte e produção do circuito alternativo.

Documentários franceses em parceria com a Casa França – Maranhão. Com o título “Globalização, Globalizações”, é uma mostra composta de quatro documentários, cujo propósito é despertar a reflexão sobre os problemas da globalização, no aspecto social e político, principalmente nos países mais pobres.

Outros eventos foram realizados no Cine – Praia Grande, como o projeto “A Escola Vai ao Cinema”, em parceria com o SESC – MA, assim como o projeto Cinema e Universidade, para exibição de filmes enquanto material didático para várias disciplinas.

Nesse período, o CPG se encontrava sob a responsabilidade do governo estadual. Nos dias atuais, o Cine Praia Grande encontra-se sob a coordenação do cineasta Frederico Machado, mais uma vez arrendado.