Por: José de Mário Moraes Ferreira
A data comemorativa ao aniversário de nascimento do mestre Pixinguinha, pai do gênero musical brasileiro, o Choro, comemorado nacionalmente dia 23 de abril e instituído como Dia Nacional do Choro, terá neste ano de 2012 em São Luís um sabor a mais, com homenagem a outro mestre da música instrumental, dessa vez o maranhense Benedito Etevaldo do Rosário, o Biné do Banjo, com show reunindo vários grupos de chorinho na sede social da AABB, em São Marcos, na segunda-feira (23) às 19h.
Numa promoção do governo do estado, realizado pela secretaria de estado da Cultura através da Escola de Música Lilah Lisboa de Araújo, com apoio da Associação Atlética Banco do Brasil o show do Dia Nacional do Choro terá participação dos grupos Instrumental Pixinguinha, Tira Teima, Cinco Companheiros, Um a Zero, Chorando Calado, Farinha d’Água entre tantos outros, formados por professores, alunos e ex-alunos da EMEM, e como convidado especial o homenageado, que acabou de lançar seu primeiro cd Visitação, com show no dia 22 de março no palco do Teatro Arthur Azevedo. O show de Choro tem ingresso a preço popular de R$ 5,00 que poderá ser comprado no local.
O repertório não poderia ser outro, choro da mais pura qualidade, com composições de Altamiro Carrilho, Pixinguinha, Zequinha de Abreu, Waldir Azevedo, Jacob do Badolin, Ernesto Nazareth, Villa-Lobos e lógico, da dama do choro Chiquinha Gonzaga e muitos outros nomes que fizeram do choro um gênero musical reconhecido e respeitado mundialmente. Também no roteiro da noite choro maranhense feito com qualidade e que serão apresentados ao público.
O Dia Nacional do Choro é uma homenagem a Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. A data foi criada oficialmente em 4 de setembro de 2000, quando foi sancionada lei originada por iniciativa do bandolinista Hamilton de Holanda e seus alunos da Escola de Choro Raphael Rabello, de Brasília (DF).
O choro entra na cena musical brasileira em meados do século XIX, quando nesse período se destacam nomes da música brasileira como Antonio Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero misturava elementos da música africana com europeia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas das bandas militares e operários de fábricas têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo “choro” é um resultado dos sons plangentes, graves das modulações que os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas transmitidas pelos cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia. O século XX trouxe uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas, arranjadores, onde se destacava, Pixinguinha.
Homenagem
Os grupos de choro maranhenses que estarão se apresentando na noite de segunda na AABB estarão homenageando esse músico maranhense, Biné do Banjo, 72 anos de idade, banjoísta, percussionista e compositor, é quase um autodidata, com raízes no bairro da Madre Deus, que tornou-se aluno particular de Dona Maria do Nascimento, educadora, do bairro, que lhe transmitiu seu único estudo curricular. Aos dezessete anos de idade já arregimentava músicos para outras orquestras e, como tal, tocava tudo o que tinha precisão, desde que não fosse instrumento de sopro.
Visitação é um registro da música maranhense composto por “Blocando”, “Choronia 40”, “Três paradinhas pro Zabumba”, “À luz do teu banjo”, que é um choro dedicado ao Biné, composto por Ubiratan Sousa. Visita ao Bira; Ave Biné; Fuzarquiando; Cara de Índio; Orquestrando e Choro da Mão. O CD estará a venda no local do show.
Texto: Mario Ferreira (Ascom.Secma)
Fotos: Divulgação Emem
Anexo: 2012.04.17-Pixinguinha.bmp
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