Por: Assessoria de Comunicação
Em alusão ao Dia do Índio, comemorado nesta terça-feira (19), o Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Turismo (Sectur) realiza a exposição “Povos Indígenas no Maranhão: Cultura, Tradição e Resistência”, na Casa de Nhozinho, aberta de terça a sábado, das 9h às 18h e aos domingos, das 9h às 13h, na Rua Portugal, Praia Grande, São Luís.
O objetivo é valorizar a cultura indígena expondo artefatos, documentos manuscritos e ornamentos, além de promover o respeito e o reconhecimento da história, cultura e estética dos povos indígenas como elementos fundadores da nossa identidade.
“Queremos mostrar a contribuição que os povos indígenas trouxeram para a nossa cultura e costumes. Carregamos até hoje particularidades da cultura indígena em nosso dia a dia como, por exemplo, dormir em redes e tomar banho todos dias, e esta exposição é uma maneira de homenagear o povo que contribui para a diversidade cultural”, relata o superintendente de Cultura Popular da Sectur, Alaim Moreira Lima.
A exposição “Povos Indígenas no Maranhão: Cultura, Tradição e Resistência” foi construída de forma coletiva, comandada pelas casas de cultura: Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia, Casa de Nhozinho e Arquivo Público do Estado do Maranhão. Todos os espaços são vinculados à Sectur, que mantém em seus acervos peças indígenas e documentos relativos à história dos povos indígenas no Maranhão.
Seguindo até o dia 29 de abril, a exposição é composta por: duas máscaras, um cocar, um maracá, duas urnas funerárias utilizadas por grupos de origem Tupi no Maranhão e em rituais de preparação de uma comida típica dos índios feita com pedras enterradas, um machado, dez documentos originais, dez transcrições, cerca de 50 fotografias, cinco cestos, banners entre outros objetos.
O diretor do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia, Deusdedit Carneiro, destacou que a exposição é importante já que a Sectur tem diversas casas que trabalham com a temática indígena em diversas perspectivas. “Reconhecemos que a sociedade ainda tem muito preconceito e muito desconhecimento tanto da história, cultura e da situação em que os índios vivem. É importante que esta exposição marque a importância destes grupos para a história tanto do país, quanto do Maranhão mostrando a riqueza da diversidade cultural”, frisou Deusdedit Carneiro.
A professora do curso de Artes da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e pesquisadora de Artes Indígenas, Larissa Lacerda, já prestigiou a exposição na Casa de Nhozinho. “Acho muito interessante a concepção que fizeram da parte histórica que conta um pouco da trajetória do padre Antônio Vieira, da parte arqueológica e da parte contemporânea dos povos. A exposição está bem didática e informativa e isso me chamou atenção” disse Larissa Lacerda.
A exposição também conta com filmes, fotografias, artefatos, indumentárias, armamentos e documentos que registram a história e o deslocamento dos indígenas no Maranhão. Durante o mês de abril, as sedes do Centro de Pesquisa de História Natural e Arqueologia, e Arquivo Público do Estado também estarão com exposições com a temática indígena.
Existem atualmente no Maranhão 35 mil índios. São oito etnias e mais três em processo de reafirmação de suas origens e memórias.
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