Por: Maria Conceção Monteiro Ribeiro
As tobossis são entidades femininas infantis de energia mais pura que os demais voduns.
Pertenciam à nobreza africana, do antigo reino de Dahomé, atual República do Benin e foram cultuadas na Casa das Minas (São Luís – MA), até a década de 70, quando morreram as últimas mães preparadas como gonjaí, filhas-de-santo que haviam se submetido aos rituais completos de feitorias ou iniciação.
Eram pequenas princesas que brincavam de boneca, falavam em dialeto africano e tinham como chefe Nochê Naé, a grande matriarca da família Davice, ancestral da família real de Dahomé, considerada a mãe de todos os voduns.
As tobossis vestiam-se com saias coloridas, usavam pulseiras (dalsas) feitas com búzios e coral, o agadome sobre os seios e pano de costa africano sob mantas de miçangas coloridas denominadas ahungelê.
O ahungelê também era chamado de tarrafa de contas, gola das tobossis ou manta das tobossis, sendo considerado um distintivo étnico – cultural do Jeje.
Seu culto continua até hoje, na cidade de Abomei, antiga capital do Reino do Dahomé, hoje República do Benin.
Anexo: 2011.11.07-Ahungele_ou_Manta_das_Tobossis.jpg
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