Por: José de Mário Moraes Ferreira
Em comemoração ao aniversário de nascimento do compositor Pixinguinha (Alfredo da Rocha Vianna Filho), a data 23 de abril foi instituída como o Dia Nacional do Choro. Para brindar o momento, a Escola de Música do Estado do Maranhão Lilah Lisboa, órgão da Secretaria de Estado da Cultura (Secma), promove, na terça (19) e quarta-feira (20), uma programação com músicos e alunos de música, num show instrumental onde o forte do repertório será o gênero musical Chorinho.
O evento é, também, uma homenagem ao saxofonista Raimundo Amaral, músico da cidade de Humberto de Campos, recentemente falecido e pai do também músico violonista Domingos Santos, integrante do grupo Instrumental Pixinguinha.
A programação, com entrada franca, começa às 18h de terça-feira quando haverá apresentação, no auditório da EMEM (Rua da Estrela, 363- Praia Grande), com participação de alunos de instrumentos de violão 7 cordas, violão, cavaquinho, bandolim, pandeiro, flauta e percussão.
Na quarta-feira haverá apresentação no restaurante Cantinho da Estrela, Rua do Giz, esquina com o Beco da Pacotilha (Praia Grande), com a presença dos grupos de choro convidados: Instrumental Pixinguinha, Tira Teima, Cinco Companheiros, Um a Zero, Chorando Calado, Luis Jr, Roberto Chinês e outros.
No repertório composições clássicas de grandes nomes do choro, Jacob do Bandolim, Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Garoto, Villa Lobos, Altamiro Carrilho, Zequinha de Abreu, Waldir Teixeira, entre muitos outros gênios brasileiros.
História
Gênero com forte influência da musicalidade africana, o Choro mistura ritmos de danças de salão européias (como o schottisch, a valsa, o minueto e, especialmente, a polca) e da música popular portuguesa. Surgiu, provavelmente, em meados de 1870, no Rio de Janeiro.
De início, era apenas uma maneira mais emotiva, chorosa, de interpretar uma melodia, cujos praticantes eram chamados de chorões. Como gênero, o choro só tomou forma na primeira década do século 20, mas sua história começa em meados do século XIX, época em que as danças de salão passaram a ser importadas da Europa. O flautista Joaquim Calado é considerado um dos criadores do Choro.
As primeiras composições de Choro com características próprias foram compostas por Joaquim Calado, Chiquinha Gonzaga, Anacleto de Medeiros e Ernesto Nazareth, dentre outros. Porém, o Choro só começou a ser considerado como gênero musical na primeira década do século XX.
Pixinguinha, um dos maiores compositores da música popular brasileira, que também era tenor, arranjador, saxofonista e flautista, contribuiu diretamente para que o choro encontrasse uma forma musical definitiva. Em 1919, Pixinguinha formou o conjunto Oito Batutas, formado por Pixinguinha na flauta, João Pernambuco e Donga no violão, dentre outros músicos. Fez sucesso entre a elite carioca, tocando maxixes e choros e utilizando instrumentos até então só conhecidos nos subúrbios cariocas.
Texto: Mario Ferreira (Ascom.Secma)
Foto: Divulgação
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