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GRUPO TEATRAL DE MANAUS APRESENTA NO MA PROJETO PREMIADO PELA FUNARTE - 19.04.2010 às 16:54:40

Por: Fábio Costa

Com o apoio do Centro de Artes Cênicas do Estado do Maranhão (Cacem), o grupo teatral amazonense Baião de Dois, que completa 21 anos de atividades em 2010, está no Maranhão dedicando-se ao projeto de circulação teatral "Lá Vem o Baião Fazendo Teatro na Antiga Província do Grão-Pará". São Luís é a primeira cidade contemplada com as apresentações dos espetáculos do grupo. Em seguida, os espetáculos serão apresentados em São José do Ribamar (MA), Belém (PA) e Vigia (PA).

Nesta terça-feira, 20, será apresentado o espetáculo infantil “O Flautista de Hamelin”, às 10h30 e às 14h, para crianças de duas escolas públicas da rede municipal da cidade. O grupo termina o projeto em São Luís com a oficina "Personas e Personagens", no Cacem. “A oficina objetiva a reflexão sobre a construção do personagem, da própria elaboração da cena”, explica a diretora cênica do grupo Baião de Dois, Selma Bustamante.

Ontem, 19, o grupo apresentou o espetáculo “Torturas de Um Coração”, de Ariano Suassuna, também no Cacem. O projeto “Lá Vem o Baião Fazendo Teatro na Antiga Província do Grão-Pará” foi contemplado, em 2009, com o prêmio de teatro Myriam Muniz, da Fundação Nacional de Artes (Funarte) do Ministério da Cultura (Minc).

Os espetáculos

O texto "Torturas de um Coração ou Em Boca Fechada Não Entra Mosquito", de Ariano Suassuna, tem a estrutura temática e personagens inspirados no mamulengo nordestino. Os personagens da farsa são Benedito, herói sem caráter ao estilo de Pedro Malazartes e Macunaíma; Marieta, representante da faceirice e jogo amoroso femininos; Cabo Setenta, o poder da polícia; Vicentão, valentão de fachada e Seu Afonso Gostoso, almofadinha bonitão. Os personagens são envolvidos em uma confusão característica do teatro popular e herdada da Commedia dell’Arte. Benedito atua como um Arlequim brasileiro e orquestra toda ação, que passa em torno da conquista de Marieta, pela qual são apaixonados todos os personagens da peça.
A peça foi realizada com o Prêmio Montagem da SEC, ganhou menção honrosa e prêmio de ator (Hely Pinto), no II Festival de Teatro da Amazônia, e mais o prêmio de melhor ator (Hely Pinto), melhor música (Edgard Lippo), além da indicação do ator Clayton Nobre no IV Festival de Teatro da Amazônia. Participou do Festival de Teatro da Cidade de Natal, da Caravana Funarte Petrobras na Etapa de Roraima, da 4ª Mostra de Teatro do Amazonas, do V Festival de Teatro do Acre e do I Festival “Em Cena na Rua de Porto Velho (RO)”.
Já “O Flautista de Hamelin” é uma adaptação para teatro do conto com mesmo nome. Usa uma linguagem dinâmica com atores, bonecos, humor e música. A história se passa na cidade de Hamelin, quando é invadida por ratos e o rei permanece indiferente até que a peste chega ao palácio. Quando o palácio é invadido, o rei desesperado oferece uma grande recompensa para aquele que acabar com os ratos. Depois de várias tentativas frustradas, um flautista resolve a situação. Diante da negativa do Rei em pagar a recompensa prometida, o flautista se vinga levando todas as crianças embora da cidade.
O espetáculo se apresentou em diversos teatros, inclusive no Teatro Amazonas e espaços alternativos, e em todos os estados da Região Norte, durante as viagens que o grupo realizou pela FUNARTE.

Por Clayton Nobre e Juliana Lobo

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