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XVII ENCONTRO DE ZABUMBA ACONTECE NO SABADO - 27.07.2011 às 13:48:55

Por: José de Mário Moraes Ferreira

A Associação Folclórica Bumaba-meu-Boi de Zabumba e Tambor de Crioula do Maranhão, com apoio do governo do estado através da secretaria de estado da Cultura realizam no sábado (30 de julho) o XVII Festival de Bumba-meu-Boi de Zabumba, na avenida Newton Belo, bairro do Monte Castelo, próximo à igreja N.S. da Conceição, no com início às 20h e encerramento no domingo (31) às 07h, com apresentação e desfile de grupos de bumba-boi pela avenida Getúlio Vargas.

O Festival deste ano estará homenageando o Sindicato dos Arrumadores de São Luís e José de Rita, do Boi de Panaquatira, já falecido. Participam da programação deste ano 16 grupos de bumba-boi sotaque de zabumba. A abertura terá como convidados grupos mirins de boi de zabumba. No final das apresentações os grupos participantes receberão troféus.
O Boi de Zabumba

O mais antigo representante dos bumba-meu-boi do Maranhão, o sotaque de zabumba tem suas origens na África. Por essa razão, é considerado o mais primitivo dos sotaques. O termo “zabumba” provém do instrumento base utilizado pelos brincantes, a zabumba - tambor de meio metro de altura, conduzido numa vara por dois carregadores e tocado por uma bagueta.

O Boi de Zabumba tem as sua origem nos municípios da baixada maranhense, mais precisamente, em Guimarães.

Com um ritmo vibrante e forte, tem a essência da musicalidade negra. Distingue-se dos demais sotaques (matraca, orquestra, baixada e costa de mão) por ser pausado, alternando cadências lentas e apressadas.

A zabumba e o tambor de fogo são os instrumentos predominantes em seu batuque, cabendo aos tamborinhos e maracás preencherem os espaços vazios, o que dá origem a um conjunto de sons que se fundem. Essa tendência com sons secundários para preencher os espaços, é uma característica dos sons negros.

Os maracás servem para realçar o ritmo em harmonia com a zabumba e os tamborinhos, que por sua vez, possuem um som agudo que preenche as pausas da zabumba. Os tambores de fogo, que são instrumentos toscos, são feitos de tronco de mangues, ocados a fogo e recobertos por couro de boi, são presos à armação através de torniquetes de madeira, chamados de cravelhas africanas. Os tambores-onça, feitos de folha-de-flandre, madeiras ou material reciclado possuem a forma de cilindro com uma das extremidades fechadas por um couro, em que um pequeno bastão é fixado. Produz um som grave, rouco. A zabumba faz o centro da marcação do ritmo do boi.

A dança caracteriza-se por sobrepassos miúdos e repisados: uma forma especial no modo de dançar, onde as índias exercem a função de marcar com os passos a acentuação e o ritmo da zabumba, observado nos calcanhares, ponto principal de apoio das brincantes.

A vestimenta dos brincantes rajados é feita de saiotes e golas bordados com pedrarias, miçangas e canutilhos. Os chapéus, em forma de cogumelo, são feitos com armação de buriti e papelão, recobertos por tecido de cetim e fitas longas. As índias vestem saia de fibra de saco desfiado e blusa do mesmo em tecido estampado, bordada. O boi possui a carcaça menor que a dos outros sotaques. O couro é bordado em relevos com tecidos, pedrarias e acochoados.

Texto: Mario Ferreira (Ascom.Secma)
Fotos: Divulgação Ascom.Secma

 Anexo:  2011.07.27-BOI_ZABUMBA_ARRAIAL.jpg

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