[+] notícias - SEDE

MUSEU HISTÓRICO DE ALCÂNTARA COMEMORA 34 ANOS - 27.10.2012 às 20:19:58

Por: José de Mário Moraes Ferreira

A história do Maranhão e do Brasil contada por meio de documentos e peças do mobiliário, louçaria, objetos de adornos, ourivesaria e arte sacra que compõe o acervo do Museu Histórico de Alcântara é destaque nas comemorações de aniversário da instituição nos seus 34 anos, celebrados neste domingo 28 de outubro, mas a festa mesmo fica para o dia 08 de novembro, devido às eleições municipais no segundo turno.

Criado em 1978, Museu Histórico de Alcântara está instalado na praça do Pelourinho, em um sobrado colonial do século XIX, que ainda preservam a fachada revestida de azulejos. O Museu recria a estrutura das casas no período colonial, com móveis, louças e artes. Aberto a visitação pública, sem necessidade de agendamento prévio, exceto para instituições escolares e grupos especiais, funciona de terça a domingo no horário das 9h às 14h.

Órgão da secretaria de estado da Cultura-SECMA o Museu Histórico de Alcântara teve seu acervo organizado no ano de 1977 por técnicos e museólogos da Secma, com o apoio da EMBRATUR, MARATUR, hoje secretaria de estado do Turismo e da Prefeitura Municipal, é testemunho de um período de opulência e riqueza baseado nas monoculturas do arroz e algodão alimentados pelo sistema escravagista do Brasil Colônia.

Com uma arquitetura rica em detalhes, o prédio do Museu Histórico encanta os visitantes por sua fachada revestida de azulejos coloridos e portais emoldurados de pedras de lioz. A planta em forma de L dá lugar a longos corredores avarandados abrindo para um pátio interno, onde se encontra um belo poço com bordas trabalhadas em pedra e alvenaria. Com muitos detalhes arquitetônicos o Museu Histórico de Alcântara é destaque na cidade tombada pelo Patrimônio Histórico por seus longos beirais, janelas em guilhotina, forro em espinha de peixe no segundo pavimento, balcões com base de pedra e gradil em ferro trabalhado, além de outros detalhes que garantem condições de ventilação e conferem beleza ao conjunto arquitetônico.

Acervo

Embora relativamente modesto, o acervo é formado por peças procedentes do Museu Histórico e Artístico do Maranhão, da Prefeitura Municipal de Alcântara, da Prelazia de Pinheiro, de irmandades da cidade e doações de famílias alcantarenses. O circuito de exposições reproduz um ambiente típico de uma residência maranhense do século XIX. No conjunto do acervo destacam-se peças de mobiliários, louças, objetos de adornos, ourivesaria e artes sacras.

O acervo de arte sacra conta com exemplares de santos maranhenses dos séculos XVII e XIX, em tamanho médio ou natural e uma coleção de cabeças de imagens de roca esculpidas em madeira. Vitrines com joias em ouro, prata e pedrarias, vindas de irmandades religiosas como as de São Benedito, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora do Livramento, entre outras. O acervo do Museu de Alcântara é enriquecido ainda por pinturas antigas sobre metal e madeira e uma coleção de imagens e objetos da Igreja do Carmo.

Comemorações

As comemorações de aniversário de 34 anos do Museu Histórico de Alcântara acontecerão no dia 08 de novembro, devido às eleições municipais de 28 de outubro. Com início para às 9h a programação terá abertura da exposição de fotografias Alcântara Alma e História, do fotografo Albani Ramos, com lançamento do livro da exposição. Apresentação do Grupo Instrumental Marabrass, da Escola de Música Lilah Lisboa e performance teatral da Cia Primeiro Ato.

Alcântara Alma e História

O fotografo Albani Ramos estará expondo fotografias que retratam a cidade de que é pura história e lançando o livro homônimo Alcântara Alma e Históri, um ensaio fotográfico, com acompanhamento textual, da cidade de Alcântara, no qual se registra os pontos de relevo histórico-artístico-arquitetônico de suas ruas, praças, igrejas e casarões senhoriais, possibilita uma viagem visual que o leitor será convidado a realizar, levando-o a ir além – é o que se deseja – pelo interesse que nele suscitou esta realização.

A base visual do livro é a fotografia, instrumento dos mais solicitados, no caso, por fazer o registro do que, em se tratando de antiguidades e ruínas, muito se recomenda, receba o acompanhamento documental quanto à sua permanência ou ao seu perecimento. A fotografia fica, como recurso dos mais válidos para a consolidação da memória histórica, e como documento que guarda para o futuro o momento do passado que não pode mais ser vivido.

Com alta qualidade o livro é de fácil compreensão para leitores de diversos perfis: o estudioso de temas históricos e artísticos, o visitante, o público em geral, sem esquecer os moradores da cidade.

Texto: Mario Ferreira (Ascom.Secma)

[+] notícias - SEDE