Por: José de Mário Moraes Ferreira
Muita animação marcou a programação da noite de quinta-feira (27) do “São João do Maranhão - Ritmo, Cultura e Emoção”, nos arraiais do Centro Histórico de São Luís, em promoção do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secma).
E a paixão pela cultura popular estava presente tanto no olhar de quem assistia às apresentações como de quem integrava uma manifestação, como a neta de Seu Sabujá, fundador da dança do Coco Pirinã, Janaína da Conceição Freitas, que hoje coordena a brincadeira do bairro do Anjo da Guarda. “O São João do Maranhão é maravilhoso. Eu tenho muito amor pela dança, mas também amo o bumba meu boi. Nossa cultura é bonita, nós temos a consciência de preservar a tradição desde cedo e, por isso, temos crianças em nossa dança”, declarou.
A emoção de brincar as festas juninas está no sangue também da neta de Seu Leonardo, fundador do Boi de Leonardo, sotaque zabumba, do bairro liberdade. Regina Sales carrega com amor o peso da tradição e fala que apesar das dificuldades encontra apoio no Governo do Estado que patrocina as apresentações do grupo.
Ela disse que o São João no Maranhão é um espetáculo preparado durante o ano inteiro. “Luto com muita dificuldade e me esforço para manter o boi, mas devo ressaltar que o Governo do Estado nos ajuda muito”, declarou.
Emoção e ritmo também estão presentes na vida da cabelereira Val de Alcântara, coreira do Tambor de Crioula de Paulinho. “Aprendi com minha mãe, que aprendeu com a minha avó e agora eu vou ensinar para meus filhos o amor e respeito pela nossa tradição que é o tambor de crioula”, contou.
Festança nos espaços
E embalada pela paixão, a programação prosseguiu nos três espaços de festança. Na Casa do Maranhão, o show de Papete fez todo público dançar e cantar ao som de clássicas toadas maranhenses. O repertório foi acompanhado pela multidão. Por lá, passaram ainda o Boi do Ceic, o boi Mocidade de Rosário, ambos do sotaque de orquestra, e fechando as apresentações as fortes matracas do boi de Jussatuba.
Na Praça da Faustina, o ritmo do tambor de crioula foi dado pelas mãos e pungadas dos grupos de Daniel Gaspar e de Crioula de Eliezer, entre outros.
Já na Praça Nauro Machado, o colorido e ritmo contagiante do boi Pirilampo, do sotaque alternativo, não deixou ninguém parado. Também se apresentaram o boi de São Cristóvão de Viana, sotaque da baixada, e o boi Encanto do Olho d’Água. A noite teve ainda o cantor Nosly e boi da Pindoba, do sotaque de matraca.
O Ponto da Cultura é espaço garantido para o forró-pé-serra e entre uma sequência e outra, quadrilhas e grupos de cacuria-mirim se apresentam no local.
Texto: Tatiana Salles (SECMA)
Foto: Antonio Martins
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