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QUEIMAÇÃO DE PALHINHAS FECHA CICLO DE FESTAS NATALINAS - 02.01.2014 às 17:38:38

Por: José de Mário Moraes Ferreira

O dia 06 de janeiro, Dia de Santos Reis, celebrado em muitos países católicos lembra o momento da visita dos três Reis Magos a Manjedoura do Menino Jesus, quando levam presentes (ouro, incenso e mirra) ao filho de Deus nascido, personagens da cena dos presépios natalinos, uma tradição no Maranhão, trazida de Portugal pelos colonizadores. A data será celebrada na segunda-feira e fecha o ciclo dos festejos natalinos com Queimação das Palhinhas dos presépios.

Para fechar o período de festas promovidas pelo governo do estado dentro do projeto Natal do Maranhão 2013- Festa de Luz e Tradição, realizado pela Secretaria de Estado da Cultura por meio da Superintendência de Cultura Popular, que contou com a realização de exposições de àrvores de Nata l e Presépios Natalinos, Cortejos de Reis e pastores e Cantata Natalina durante todo o mês de dezembro de 2013, uma vasta programação acontecerá nesta segunda a partir das 18h.

Promovida pela Associação Comercial do Maranhão através da Lei Estadual de Incentivo a Cultura da Secretaria de Estado da Cultura e Secretaria da Fazenda, com patrocínio da Cemar e apoio do São Luis Convention Bureau, Vale, Suzano e Caixa Econômica Federal, a programação inicia no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (Rua do Sol, 203-Centro) com ladainha cantada em latim, seguida de um Cortejo de Pastores e Reis Saindo que seguirá pelas ruas do centro passando pelos presépios dos Paços da Quaresma (ruas Afonso Pena e Beco da Pacotilha), Centro de Cultura Popular encerrando no presépio da Praça Nauro Machado.

Participam do Cortejo os grupos de Reis e Pastores de comunidades de São Luís, Grupo Passaporte, Pastoral Filhas de Belém D.Dorinha, Pastoral Estrela do Oriente-D.Elzita, Pastor de São José (Ribamar), Pastor Escolay Bacanga, Pastor Sesc, Reis das Flores (Tajaçoaba) e Reis das Flores (Porto Grande).

O ritual da Queimação de Palhinhas se constitui numa solenidade tradicional, de duplo sentido: religioso e festivo, finaliza o ciclo de rituais natalinos, iniciado com a montagem do presépio, uma homenagem ao Menino Jesus em cujo decorrer queimam-se, num fogareiro, galhos de murta e/ou unhas de gato que enfeitavam o presépio.

A solenidade conta com a participação de parentes, vizinhos, amigos e pessoas da comunidade ligadas à casa que cumpre essa devoção. Os participantes desse ato de fé, ao queimarem as palhinhas, agradecem ao Menino Deus uma graça e/ou fazem um pedido. Durante a Queimação de Palhinhas é rezada uma Ladainha cantada, num latim aportuguesado, além de diversas outras orações e cânticos, contando-se com um rezador ou uma rezadeira, que dirige a celebração. Comumente há, também, o acompanhamento de músicos, explica Sebastião Cardoso, diretor do Centro de Cultura Popular.

A cada ano o presépio tem um padrinho e uma madrinha, a quem cabe um papel específico no ritual de entrega e recebimento do Menino Jesus, cumprido juntamente com os padrinhos do ano seguinte,

A tradição dos Presépios

Segundo pesquisadores acredita-se que foi São Francisco de Assis, por volta de 1223, em Greccio/Itália, quem idealizou essa forma de prestar homenagem ao Menino-Deus, fazendo, o primeiro presépio. A partir dessa data generalizou-se nas comunidades franciscanas esse costume de se representar simbolicamente o nascimento do Deus-Menino. Com o tempo, o hábito estendeu-se por terras italianas e por todo o mundo cristão. Pintores, escultores, músicos realizaram grandes obras inspiradas nesse motivo, que também foi mote para representações teatrais.

No Brasil, o presépio pode ter sido introduzido pelos primeiros colonos, tendo essa prática ter sido reforçada com os padres jesuítas, em 1584, sendo, por vezes, acompanhado de cantos, danças e dramatizações, usados como veículos para tornar mais compreensíveis aos índios e colonos os dogmas da fé e religião católicas. No Maranhão, esse costume religioso também se difundiu, tanto que nas primeiras décadas do século XX, esse era um hábito muito cultivado em São Luís.

Texto/Foto: Mario Ferreira (SECMA)

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